Expectativas e descobertas

por frg publicado 07/12/2022 17h23, última modificação 07/12/2022 17h23

Embora participante do grêmio estudantil do Colégio Estadual Olindamir Merlin Claudino, Richard Alves de Oliveira, de 15 anos, não estava animado quando foi eleito como vereador mirim; achou que seria chato, cansativo, não estava animado. Porém, tão logo começou a primeira sessão, já mudou de opinião: “Achei incrível!”.

Por outro lado, Douglas da Silva Dadalt, também com 15 anos e estudante do Olindamir, tinha outras expectativas. Ele já sabia um pouco sobre a constituição da mesa diretiva já no dia da posse. “Eu cheguei lá bem nervoso, comi uma coxinha, e fiquei conversando com outros vereadores que estavam por ali, fui negociando, porque eu queria ser vice-presidente”, contou. E ele se elegeu.

Uma vez empossado no Parlamento Jovem, Richard Alves de Oliveira relatou que foi fundamental pensar em como não só realizar aquilo que ele via como importante, mas ajudar o próprio município. Por exemplo, a demanda da presença de profissionais de saúde mental nas escolas. 

“Tem muita gente com depressão, ansiedade, síndrome do pânico, e não tem ajuda nas escolas, porque falta profissional. Tem muita gente sofrendo nas escolas. Se tivesse pelo menos um profissional em cada escola, melhoraria muito a vida dos alunos”, argumentou o vereador.

Ele complementa, ainda, que sua experiência foi muito gratificante: “Foi muito legal porque foi um conhecimento a mais. Eu não sabia nada sobre política e o que acontecia na câmara”.

O vice-presidente, frequentador de campos de futebol e parques, trouxe demandas como a manutenção de brinquedos e a limpeza das caixas de areia, além da criação de mais parques. 

“Eu conversava com meus colegas perguntando se eles tinham demandas. Na minha semana, eu deixava um tempo reservado só para mexer nos requerimentos, nas indicações. Fazer parte do projeto foi muito, muito incrível”, contou. 

Douglas Dadalt contou ainda o quanto aprendeu com sobre política e desconstrução de estereótipos. “Você vê um vereador e não sabe o que ele passa. Às vezes você acha que ele está só conversando, mas é conversando que ele atende alguém da população, entende o que tal região precisa, qual é a real demanda. Ele, na verdade, está trabalhando”, disse. 

O vereador Igor Zen enfatizou que sua experiência foi de muito aprendizado sobre política. “Eu gostaria que projetos como o do autismo [proposto por Antônio Gabriel Oliveira], e outros projetos relevantes para o nosso meio social, fossem levados adiante pelos vereadores dessa câmara”, salientou.


Este texto faz parte de uma série sobre o Parlamento Jovem - Lei 1.503/2021 que tem como foco estimular a consciência política paralelamente à formação escolar.